domingo, 31 de outubro de 2010

Pintando o sete

Nada mais gostoso do que aprender a arte de reinar, ou melhor, de pintar o sete.
http://www.youtube.com/watch?v=I4IMDAlf5ds

sábado, 9 de outubro de 2010

Ser criança é amar também.




De tanto olhar minha foto, fui lembrando-me do passado e das crianças como foram:





De como foi importante ensinar a dar um abraço apertado.


De enfrentar o medo do primeiro mergulho.


De registrar o primeiro sorriso para uma foto de chaveiro de nossa primeira viagem.


Da confortável fraudinha descartável, que me permite mais horas para trabalhar e estudar.



Do primeiro instrumento musical.


Do sono mais gostoso após horas de cansaço.



Da leitura mais gostosa da irmã para os irmãos, mesmo enquanto eles fazem de conta que também estão lendo.


Da primeira ida ao cinema.


Da viagem mais gostosa.



Do primeiro corte de cabelo temeroso à perda dos lindos cachos...


Do parque do restaurante mais gostoso.


Do abraço mais sincero e mais amigo.



E, como não, da primeira e inusitada vez ao circo.
Mais nada disso teria significado se eu um dia não tivesse tido também infância. Digo todos os dias a meus filhos, ser criança é bom e viver recebendo cheirinho acompanhado de abraço e beijinho, também. Ser criança é viver bem cada momento, simplesmente. É buscar com satisfação grandes e inesquecíveis horas de carinho.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Antes de falar qualquer coisa sobre ser criança... só fiz me lembrar que um dia também tive infância... e que foi bom, e cresci, e amei as brincadeiras como todas as crianças gostam de fazê-las, tomando banho de chuva, brincando de cozinha e casinha, de médico, de cantar, dançar  e conversar misteriosamente com bonecas. Nada mais gostoso do que despertar para um mundo imaginário, possível de conter milhões de sonhos, só permitidos, saudavelmente, na infância.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Dia de doação, dia de São João.

Aproveitei o "pacote feriadão" (1ª semana de recesso escolar, jogo do Brasil na Copa Mundial e dia de São João) para orientar meus filhos fazendo doação.

Assim que amanheceu, fui logo pedindo a eles que arrumassem o guarda-roupa (segundo o vocabulário do pequenininho: guarda de roupa, guarda da chuva, guarda de sol, água de gelada...(rsrs) e separassem roupas que não lhes cabiam mais.

Como para eles tudo o que faço é sempre uma gostosa brincadeira, brincar dentro do imenso móvel, também era besteira... Só foi eu me distrair e lá estava ele, o menorzinho, jogando tudo para o lado de fora, sem descanso e sem demora... Vi, simplesmente, que o quarto estava de cabeça para baixo. Perguntei, finalmente, quais as roupas haviam separado naquele quarto mais que bagunçado. “Ainda nenhuma, mamãe, nós só estamos (des)arrumando..." Pra quem são as roupas, mamãe? - perguntaram. Para doar às crianças que perderam suas famílias e casas na enchente. “Mas por que perderam essas famílias?”, perguntaram outra vez. Respondi-lhes que com as chuvas as represas não suportaram tanta água e tiveram que ser abertas e daí essas águas se juntaram com as do rio que vieram tão velozes que não houve tempo de as pessoas acreditarem no que viam... que eram as águas que vinham... e ... houve muito pouco tempo para desocuparem de suas casas com seus pertences. Isso ocorreu em dois estado do Nordeste e mostrei a imagem da TV.

Venham aqui! Segurei-os pelas mãos, mudei os canais procurando notícias. Liguei o computador, pesquisei no youtube: "enchente em Alagoas e Pernambuco", daí, pude mostrar a eles o que estava acontecendo com crianças naquele momento.

Só sei que, no final da reportagem, eles pediram para ver de novo, e de primeira, o gordinho disse numa gargalhada só “a velha tá banguela”. Dei uma catucada em seu braço chamando sua atenção: “pare com isso, menino, respeite os mais velhos!” O menor, sempre ri de tudo, ele é muito engraçado mesmo.

A de 7 anos pegou a caneta e o papel e começou anotar informações de quantos morreram, despareceram, estavam sem abrigo... por iniciativa própria. Acho bem legal esse hábito que ela tem de sempre fazer anotações.

Seguimos p/ o quarto, e, numa bagunça danada, começamos a separar roupas, calçados, mochilas, lençóis, toalhas, brinquedos... Foram também bons momentos saudosos ao juntar coisas do passado..., e num apego danado, um deles vestiu-se rapidamente numa antiga roupa sentenciando “essa ainda dá em mim”! Quando olhei, ele travava guerra com o botão sem conseguir juntar os coses ao redor da barriga. Daí eu disse, “meu filho, essa calça não dá mais pra você, está curta e apertada”. Ele chorou insistentemente, “não mãe, dá sim em mim”! Eu mostrei e provei que não. O pequenininho, sempre gordinho, gritou, “dá pra mim, né, mãe?” Eu disse “não” (rsrsrs), também, “seu número é maior que o de seu irmão”. E ao longo de muitas tentativas conscientizando-os da situação, eu insisti ferozmente, NÃO ME DECEPCIONEM! CRIANÇAS COMO VCS ESTÃO NA RUA, SEM CASA, COMIDA, ROUPAS E ATÉ SEM SUAS FAMÍLIAS... E ele, o maiorzinho, abriu um berreiro danado!

Mais o bom foi que, já no fim de tarde, quando estávamos com embalagens aguardando serem entregues aos pontos de distribuição de doações, o do meio, que havia chorado relutando contra o apego às coisas materiais, disse-me, “mãe, dê essa minha camisa do Flamengo, eu tenho outra”. Eu dei um abraço tão forte que feliz e chorosa apenas confirmei: “Eeeeesssse, siiiim, é o meu prííííncipe”.

Pedi que ele dobrasse a camisa e pusesse dentro de uma das embalagens amontoadas no chão. Observando seu gesto de bravura, entendi seu pensamento... Estávamos vivendo o primeiro momento juntos em um período de jogos da Copa Mundial, e, para ele (que não entendia muito de jogos -muito menos eu-, mas eu aproveitava para ensiná-los sobre bandeiras e números preenchendo com eles aquelas famosas tabelinhas recebidas nos sinais de trânsitos...) faltaria às crianças muito mais do que simples doações. Percebi que o seu espírito esportivo ia além da camisa que sempre vestia do seu time adotado, o Flamengo. Tudo para ele tinha um significava especial, pelo menos isso eu diariamente tento mostrar e fazer. E tentava fazer por onde... pois estávamos ali, sempre juntos, assistindo aos jogos com toda a nossa família.

Ao anoitecer fiquei da janela do apartamento olhando eles soltarem fogos de estrelas que brilhavam rumo ao céu, neste dia, no dia de doação, no dia de São João.



quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Tipo do carro do meu marido.

Até hoje me arrependo de ter presenteado com um carro a meu marido. Não pelo ato em si, mas por ter sido um carro velho (não podia dar um novo, né, e, afinal, “cavalo dado não se olha os dentes!”). Acredita que ele passa mais tempo na oficina do que comigo?! (ói, marido, eu digo!) Nunca vi uma coisa dessas! Qdo ligo e pergunto onde está, ele se adianta logo dizendo, n-a o-f-i-c-i-n-a. Daí pergunto: Qual das? Qual das oficinas? –repete já brabo, como se eu soubesse de todos os problemas existentes na máquina velha. Daí me lembro, do Tita?, -Não Luciana, esse é o pintor! Marcondes?, Noberto?, Noé...



Quando ele aponta algum tipo de problema relacionado ao do carro, seus amigos vão logo se adiantando na risada dizendo que é o “Tipo” do carro que ele usa. Mas o pior ainda não é isso, como se não bastasse, ele ainda se associou ao TipoClub e, proporcional ao tamanho de seu entendimento automobilístico, acabou se tornando moderador do time, quero dizer, do Club. (Qualquer dia desses... entro disfarçada neste tal Club, só para crer que, de fato, não há nada a mais do que delongas horas “cibernéticas”! Kkkk)



Bem, o bom é que, com tantos ajustes, o carro tem motor totalflex e é turrrrrbinado!!!!!!. E, o mais engraçado, é que ninguém dá nada por ele... mas... na estrada... ele é um arranque! Só vejo nas ultrapassagens meus filhinhos dando tchauzinho pela janela...



Quando marido pisa o acelerador... o corpo das crianças empurram a poltrona pra traz, enquanto gritam yaaaahooooo... Só escuto o pequenininho gargalhar gritando, “acerera”, pai, vai, “acerera”! quáquáquáquáquá...



Eu como gosto de correr, já propus uma troca no meu carro mais novo pelo dele. Mas ele insiste dizendo... o meu? - Não troco, nem vendo e nem dou!



Espero que um dia este carro finalmente fique pronto e possamos passar mais tempo pertinho... bem como testar nossa turbina em autoestrada...


Um dia de fotógrafa!

Um dia saí de casa, peguei meu carrão e fui comprar uma câmera fotográfica. Insisti com o moço da loja uma certa urgência nessa encomenda. Disse a ele que tinha um trabalho muito importante a fazer. Mas o moço tinha tantos outros pedidos que atrasou a entrega. Parece que todo mundo resolveu ser fotógrafo. Após três meses, enfim, a câmera chegou. Fiz curso aqui outro acolá e saí tirando fotos a torto e à direita.

Tudo era motivo para belas fotografias: da família, objetos, ruas, bichos, amigos... até de mim saí, eu mesma, fotografando.


Marido até se irritou dizendo que não precisava ter comprado uma câmera tão cheia de “praqueisso”. E aproveita para me lembrar que sou árdua e assídua consumista... e eu completo dizendo que da arte... de se vestir, de comer, de beber, de dançar, de reinar... hehehe...Tudo que me leva a pecar!

Tá. Então. Voltando ao meu mundo fotográfico, resolvi olhar as novas fotos por mim tiradas. E tomei um susto danado quando me vi mais gorda! Fiquei aaarrrrasada! Pense na dificuldade em aceitar! Saí tirando foto de mim em todos os ângulos... de cima pra baixo, de baixo pra cima, dos lados esquerdo (o mais bonito) e direito (o mais feioso), dos pés, das mãos, dos dedos, das unhas, enfim!


Outro dia, resolvi abrir o álbum com fotos antigas. E lá estou eu, ali, magriiiiiiiiiinha, que só vendo. Parei e pensei: Será que foi boa mesmo essa idéia de tirar fotos? Bem, só posso lhes dizer que hoje sou fascinada por fotografia. Só não me perguntem como faço pra entender e combinar aquela história de diafragma... foco... combinação de tempo e abertura para entrada de luz... que na hora de tirar fotos meus filhos nunca param e o que vai mesmo é no automático.


Até hoje coleciono um montão de cursos que comprei em bancas de revistas e muitas fotos tiradas no automático mesmo. Mas espero ainda que alguém, um dia, com muita paciência, possa me ensinar para que eu possa estrear minha câmera manualmente. E só para vocês terem a certeza de que eu fiz, de fato, o curso, confiram no endereço de um blog que eu criei com fotos da turma: http://www.fotosdeprimeiraestacao.blogspot.com/

domingo, 13 de junho de 2010

Mulher nunca tem razão!




Outro dia me irritei quando fui ao Shopping novo. Bem, na verdade já cheguei lá irritada, porque vivo sem tempo para andar em shoppings e, mais ainda, enfrentar filas em banco...
Imaginem o que me aconteceu? Com menos de 15 dias de um boleto atrasado, comecei a receber mensagens, ligações para o trabalho, insistindo com terrorismo, de que eu deveria ir à loja resolver um assunto de meu interesse, ou seja, pagar a última conta que não se encontrava como paga no sistema. Eu me senti péssima! Astral lá embaixo. Pois então. Saí correndo para pagar a tal conta, que eu já havia anteriormente insistido em fazê-la em menos prestações já alegando não ter como estar me locomovendo todo mês.
Então. Paguei a atrasada e antecipei a do mês posterior, prevenindo-me para não acontecer outra vez o mesmo.
Segui até o balcão para pagar o ticket de entrada e saída de automóvel, que, segundo a atendente,eu estava liberada por restar ainda 3 mim. Saí alegremente, andando toda lépida e faceira... quando chego na cancela, bloqueado. Tirei e passei o bilhete de novo e constando agora 14 min e 39 segundos. Eu corria para não ultrapassar dos 15min. E, numa agonia dana, tirava e botava, tirava e botava o tal ticket... Mas o sistema já havia bloqueado. Tentei falar pelo interfone. Mas ela não aceitou minha história. Resultado. Estava eu, num carrão danado, embaixo de um sol desgraçado, xingando até a avó, e me recusando a pagar R$ 2 reais pelo transtorno causado. Não tive outra: Subi o meu fio, passei com o pneuzão sobre o jardim e só vi aparecendo um monte de homens vestido de garçom, calça preta e camisa branca com um walk talk na mão por traz de plantas e portas internas. Foi um deus nos acuda. E eu, bestona, ainda parei para xingá-los, quando deveria seguir em frente enquanto o portão estava aberto. Conclusão: fecharam o portão e não adiantou em nada minha história, mulher não tem razão nunca! Ainda tive que pagar, ou melhor, pagaram por mim, porque do carro eu nem desci. Mas saí pensando... se fosse o maridão, com certeza, eles tinham resolvido, pedido perdão, oferecido uma aguinha... e, como sempre, pedido o endereço de seu escritório para que ele resolvesse uma causa jurídica! Hehehe... Sabe como é lábia de advogado, né?, Advogados conseguem tudo com boa conversa. Ele tem sempre mais sorte que eu... Preciso aprender mais com ele.
Conselho: Não façam o que eu fiz! Não pulem cercas, sejam pacientes, levem-nos na conversa, usem do charme... peçam até desculpas, se for o caso! Sejam, infinitas vezes, pacientes. Quem sabe terão também uma outra boa história pra contar. A minha eu gosto! Até hoje fico rindo com aquela desastrosa situação. Na próxima, eu passo por cima! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O tempo passa e a teoria da gravidade se confirma




Hoje, feliz, tenho um maridão, três filhos lindjios que são muito carinhoooosos e chamegueeeentos comigo. Eles são tudo que há de bom e é o que preciso. Só sinto que depois de tê-los, vivo numa luta ferrenha contra a balança. Mas continuo gostosa, - diz todos os dias meu marido. (Acho que é pra eu não emagrecer e ser paquerada!) Única coisa ruim que me aconteceu após as gestações: meu corpischo não é mais como era antes, not not, os pés também não... hihihi, e o resto... hum... nem se fala! A teoria da gravidade de fato existe! E o tempo é curto para cuidar tanto ainda e apenas do corpo. E tenho hora pra tudo, menos pra dormir que é o que mais gosto de fazer... kkk Chamegar na cama é bom demais. Agora tenho que cuidar de muitas coisas mais que não dava importância antes. Cuidar, cuidar e cuidar de quem a gente ama. Mas sem antes esquecermos de cuidar de nós mesmo. E pedir um tempo para o corpo, o rosto, de nossa cabecinha... dormindo bem. E aí fica tudo mais gostoso. Não esperamos nada de ninguém. O que vier é lucro!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mãe, fazch machagem!


Acho tão bonitinho quando meu pimpolho me deita na cama, abre os braços e me pede: mãe, deita aqui para eu facher cafuné! Engraçado, era pra eu fazer isso nele. Mas ele nem pede. Há, mentira, ele pede sim, ele diz esticando seu pezinho gordinho. Mãe, fazch machagem! Meu peginho tá canchado! Hihihi que bonitinho.

Mãe, deixa eu scher scheu herói?


Meu filho, o mais novo, disse um dia pra mim que era meu herói. Eu fiquei tão feliz que até criei um personagem dele voando com uma capa azul sobre a minha cabeça, me abraçando e girando em minha volta com seu jeitinho callliiinhoso e schorriginho faceiro. Acho que me apaixonei mais uma vez. Ele conseguiu me trazer de volta um mundo dos contos de fada!

Fase exemplo

Passamos por fases da vida que servimos como exemplo. Exemplo às pessoas do trabalho (não podemos nem errar, nem faltar! Kkkk), às pessoas da família (aquetar o facho, hi hi hi, nada de namolá), pros filhotes (nada de ser descontraída demais, senão eles só a levam na esportiva na hora do aperto), pros vizinhos (ser a boa mãe, esposa, e, principalmente, a melhor das vizinhas cedendo aos pedidos de pitadas de sal e desentupidor de pia) pros, pros e pros...e por aí vai. Mas a verdade é que, em sendo, esquecemos de sermos nós mesmos. E descobrir quem somos não é tão difícil assim. É só olhar o presente e ver contente onde chegamos.

Quero mesmo é me comunicar

Esse blog vai ser bem diferente dos outros que costumo alimentar. Nada de linguagem difícil, de falar bonito ou coisa assim. Quero cronicar, misturar o português com o inglês - como costumo falar com meus filhos, informalmente, sem atropelos, para ficar mais gostoso e descontraído. Quero mesmo é me comunicar. Não me importo com Academia. Não estou aqui competindo com os gregos e os troianos. Não estou numa guerra, portanto. Eh eh eh eh... De guerra, já estou fora! No mundo cabe muita gente. Eu já tenho o meu que reconstrui e conquistei. Estou aqui apenas repassando, gostosamente, minhas histórias diárias. Desejo que você goste, senão, tudo bem e bye ...

Nasci, cresci e virei gente grande




Tenho 37 anos, nasci na ditadura. Época de exaltação ao Tetra campeonato e em que o mundo gritava pelos gols (goles)e outros se escondiam nas armadilhas e arquibancadas. Mas papai e mamãe souberam me fazer. E não esconderam foi nada. Todo ano, um filho. Por isso, fui bem criada... e malcriada, (kkkk) “virada igual a moio de coentro”, diz a amiga Lau. Eu era tão danada que tudo tinha de ser do jeitinho que eu queria, de forma incondicional e sem reprovação. Até que cresci, virei gente grande e aprendi com os meus filhos que nada é sempre como a gente quer...